Neste 25 de maio, o Brasil celebra o Dia da Trabalhadora e do Trabalhador Rural, uma data dedicada a reconhecer a importância de milhões de homens e mulheres que produzem boa parte dos alimentos que abastecem o mercado interno e garantem segurança alimentar à população brasileira. Mais do que uma homenagem, a data representa o reconhecimento concreto da contribuição fundamental do trabalho no campo para a economia nacional e para o desenvolvimento social do país. Reportagem com base em conteúdo da Agência Gov, via Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA) 1fl5b
De acordo com matéria publicada pela Agência Gov, o governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar (MDA), tem implementado uma série de políticas públicas voltadas à valorização e fortalecimento da agricultura familiar. Entre as principais ações estão o Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf), o Programa Nacional de Crédito Fundiário (PNCF), o Programa Mais Alimentos, o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA), o Programa Nacional de Reforma Agrária (PNRA) e os serviços de Assistência Técnica e Extensão Rural (ATER). Essas iniciativas não apenas garantem melhores condições de vida e trabalho no meio rural, como também impulsionam a produção sustentável de alimentos no país.
Essas políticas constituem uma via de mão dupla: além de garantirem renda e dignidade a milhares de famílias do campo, elas também asseguram a chegada de alimentos saudáveis e diversificados às mesas da população brasileira. Ao investir no campo, o Estado brasileiro promove inclusão social, combate à fome e desenvolvimento regional.
Mulheres no campo: protagonismo que transforma
Um dos destaques do esforço governamental e social para fortalecer o campo está na valorização do papel das mulheres rurais. Camponesas, indígenas, quilombolas e trabalhadoras assentadas vêm assumindo posição central na produção de alimentos e na construção de alternativas sustentáveis para o desenvolvimento rural. Por meio da adoção de práticas agroecológicas, da luta pela preservação ambiental e da defesa dos direitos à terra, essas mulheres têm promovido uma agricultura mais justa, diversa e resiliente.
Seu trabalho cotidiano contribui para transformar o campo em um espaço de resistência e inovação. A luta contra a fome e pelo direito à alimentação saudável a, cada vez mais, pelas mãos das mulheres do campo. Como destaca a nota do MDA, “elas são responsáveis por boa parte da manutenção da vida no campo e seguem engajadas na luta contra a fome, fazendo da produção de alimentos uma garantia de o à alimentação saudável no Brasil”.
Rumo a um futuro mais justo no campo
As políticas públicas voltadas à agricultura familiar representam um o importante para corrigir desigualdades históricas e fortalecer a soberania alimentar no país. Ao reconhecer o papel dos trabalhadores e trabalhadoras rurais, o Estado também assume o compromisso com um modelo de desenvolvimento que respeita a terra, os povos do campo e o meio ambiente.
Neste 25 de maio, mais do que celebrar o trabalho de quem planta, cuida e colhe, é fundamental reafirmar o compromisso coletivo com a valorização da agricultura familiar e com a promoção de um campo vivo, produtivo e justo para todos e todas.
Quem são os produtores da agricultura familiar de Mato Grosso do Sul? O que produzem e como vivem? Para descobrir estas e outras particularidades deste universo, que reúne mais de 41 mil propriedades no Estado, a Semadesc (Secretaria de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação), por meio da Seaf (Secretaria-Executiva de Agricultura Familiar), lançou o Estudo Socioeconômico da Agricultura Familiar de Mato Grosso do Sul.
A publicação foi apresentada durante a reunião ordinária do Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável de Agricultura Familiar (Cedraf/MS), no auditório da Agraer/Semadesc. Participaram do encontro o titular da Semadesc, Jaime Verruck, o deputado estadual Zeca do PT, o secretário-executivo da Seaf, Humberto de Mello, o secretário-adjunto Betão e o diretor-presidente da Agraer, Washington Willeman.
O levantamento inédito traz um panorama detalhado da realidade do setor, apontando desafios estruturais e oportunidades para o fortalecimento da produção familiar. A publicação elaborada pela SEAF e Agraer em parceria com o Sebrae/MS, analisa dados sobre produção, rentabilidade, infraestrutura e políticas públicas voltadas ao segmento.
De acordo com o secretário de Estado de Meio Ambiente, Desenvolvimento, Ciência, Tecnologia e Inovação, Jaime Verruck, o estudo foi apresentado hoje ao Conselho e já está disponível no site da Semadesc e às comunidades que integram o setor.
"Esse é o estudo fundamental que nós iniciamos ano ado para conhecer a agricultura familiar. Nós temos mais de 41 mil propriedades na agricultura familiar, de um total de 71 mil propriedades que o Estado de Mato do Gosto do Sul possui. Então isso mostra a dimensão e a grande responsabilidade de política pública para essa agricultura familiar", destacou Verruck.
O estudo mostra que a agricultura familiar representa 61% dos estabelecimentos agropecuários do Estado, mas ocupa apenas 4% da área produtiva. Apesar de sua importância na produção de alimentos e na geração de empregos no campo, o setor enfrenta dificuldades como falta de assistência técnica, dificuldades de o ao crédito e infraestrutura precária.
Entre os principais produtos cultivados pelos agricultores familiares estão mandioca, milho e banana. Já na pecuária, o Estado se destaca na produção de leite e ovos. No entanto, a comercialização ainda é um desafio, com baixa participação dos pequenos produtores em programas governamentais como o PNAE e o PAA.
O estudo reforça a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo investimentos em infraestrutura rural, fortalecimento do cooperativismo e ampliação do o ao crédito e assistência técnica. Com essas ações, a agricultura familiar pode ganhar mais competitividade e contribuir ainda mais para o desenvolvimento sustentável do Estado.
"Estamos avançando nas políticas públicas mais inclusivas. Avançamos na questão de saúde, questão de escolaridade, na questão de comercialização para os produtos da agricultura familiar. Então é um importante diagnóstico socioeconômico para que possamos trabalhar tanto política, social, de crédito, de assistência técnica através da Agraer, pesquisa através das nossas instituições. Então a partir desse instrumento nós vamos direcionar recursos públicos e emendas parlamentares para que consigamos subir as grandes lacunas da agricultura familiar e, efetivamente, fazer com que possamos ampliar a renda dos produtores e melhorar a sua qualidade de vida", concluiu.
SERVIÇO: para ar o estudo e o link:
https://www.semadesc.ms.gov.br/panorama-da-agricultura-familiar/
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